Como é feito o diagnóstico da febre Chikungunya?

Infectologista explica as diferenças entre doenças transmitidas pelo mesmo mosquito. Entenda as particularidades desta enfermidade.
Como é feito o diagnóstico da febre Chikungunya

Com sintomas semelhantes e mesmo transmissor que o vírus da Dengue, a febre Chikungunya já afetou mais de mil brasileiros. Os dados mais recentes do Ministério da Saúde registram 115 casos confirmados por critério laboratorial e 991 por critério clínico-epidemiológico. O primeiro caso da doença viral foi confirmado em agosto deste ano.

De acordo com Alberto Chebabo, infectologista do Exame Laboratório e Imagem, ambas as doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A diferença está no vírus que é transmitido, o que leva a sintomas diferenciados. “O quadro clínico inicial, com febre e dores de cabeça, é idêntico. O que diferencia é basicamente o tipo de dores no corpo. Na Dengue, o paciente tem mais dores musculares, e na Chikungunya, dores articulares, que inclusive podem se prolongar por semanas nos casos mais complicados”, revela o médico.

Estas diferenças tênues levam o médico a pedir, além do exame clínico, exames laboratoriais para o diagnóstico correto. “O resultado da detecção por PCR indica a presença do vírus CHIKV, diagnosticando o paciente como portador do vírus. Já a sorologia IgG e IgM, caso reagente, indica a presença de anticorpos contra o vírus Chikungunya ou CHIKV, diagnosticando que o paciente foi ou está infectado pelo vírus”, explica o infectologista.

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Preparo para os exames

Ambos os exames são realizados por meio de uma coleta de sangue sem necessidade de qualquer preparo prévio ou jejum. Recomenda-se, entretanto, que, como na Dengue, se espere pelo menos até o quinto dia do início dos sintomas para realizar a sorologia, já que ela depende da presença de anticorpos contra o vírus. Já no caso do PCR, a recomendação é que seja coletado nos primeiro dias após início dos sintomas, pois a positividade deste exame cai após a primeira semana de doença.

Previna-se

As semelhanças entre as duas doenças vão além dos sintomas e do mosquito transmissor. As principais formas de prevenir a Chikungunya são as mesmas do combate à Dengue. “Já que o vetor é o mesmo, temos que reforçar os cuidados de sempre para combater o mosquito. Evite o acúmulo de água parada. Para isso, encha os pratinhos de plantas com areia, mantenha lixeiras, vasos sanitários e caixas d’água fechadas, recolha os entulhos do quintal e mantenha as piscinas cobertas”, conclui o especialista.

O médico ainda ressalta que, ao sinal dos sintomas, o paciente deve procurar um médico. “É muito importante a consulta com o especialista se aparecer algum dos sintomas. Dessa forma, o paciente será encaminhado aos exames e o diagnóstico será feito. Quanto antes a doença for descoberta, menores as complicações e maiores são as chances de o tratamento ser bem sucedido”, afirma o infectologista.

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