Autor: Dra. Karina Sacardo
Revisor: Dra. Jerusa Miqueloto
Melaloma é um tipo de câncer de pele que ocorre nos melanócitos, que são as células produtoras de melanina. É considerado o tipo mais grave e corresponde a 3% das neoplasias malignas do órgão.
Quais os sintomas do melanoma?
Na maioria dos casos, o melanoma é caracterizado por manchas, pintas ou sinais.
É fundamental estar atento às pintas com as seguintes características:
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Assimétricas e com contorno irregular;
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Muito escuras ou com várias cores na mesma pinta;
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Maiores que meio centímetro;
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Tenham surgido e crescido rapidamente ou que já existiam, mas mudaram de característica;
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Estejam apresentando coceira e sangramento.
Quais os tipos de câncer de pele?
Os cânceres de pele mais comum são os chamados não melanomas, contituidos pelos carcinomas basocelular e carcinomas espinocelular, esses tendem a ser menos agressivos e com baixo risco de disseminação. Já o melanoma é um tipo mais raro de câncer de pele e com tendência a ser mais grave.
Carcinoma basocelular (CBC)
Carcioma basocelular representa cerca de 70% dos casos de câncer da pele. Ele se origina nas células basais e consiste na produção de novas células da pele quando as antigas morrem. Geralmente, seus sinais surgem como um nódulo de cera branco ou uma mancha escamosa marrom.
Carcinoma espinocelular (CEC)
É o segundo tipo mais frequente de câncer de pele. A condição pode acometer a boca, língua, face, orelha, pescoço, lábios e dorso das mãos, além de outros locais da pele.
O CEC é caracterizado por feridas que não cicatrizam, podendo sangrar com facilidade. Outro sinal comum são as manchas ásperas avermelhadas ou marrons que surgem na pele.
Melanoma
Melanoma é um tumor que se origina a partir dos melanócitos, células que são responsáveis por dar o pigmento e coloração da pele (melanina). É considerado um tumor mais agressivo por ter maiores chances de se disseminar e dar metástases.
Quais os tipos de melanoma existentes?
Existem alguns tipos de melanomas:
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Existem alguns tipos de melanomas:
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Melanoma extensivo superficial: é o tipo mais comum, representando até 70% dos casos. Surge como manchas e/ou pintas escuras em regiões como os brações, pernas, tórax e costas, e, inicialmente, em camadas mais superficiais.
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Nodular: é o tipo mais agressivo. Surgem como pintas ou “verrugas” escuras e elevadas, formando um pequeno nódulo. Se apresentam geralmente no tronco.
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Lentigo superficial: lesões grandes e superficiais, com aspecto de machas com diferentes colorações de marrom, geralmente são menos agressivos e levam mais tempo para se tornarem invasivos. Estão relacionados às áreas de exposição solar, especialmente face.
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Acral: subtipo raro, e não relacionado a exposição solar. O local mais comum de acometimento é a planta dos pés e é mais frequente na população negra.
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Mucosa: subtipo extremamente raro. Pode ocorrer principalmente em mucosa oral, mucosa anal, genital e não está relacionado à exposição solar.
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Ocular (ou uveal): subtipo também raro. Pode ocorrer tanto em partes visíveis do olho ou não visíveis, que só são avaliadas através de exame de fundo de olho.
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Amelanocitico: é raro. Diferentemente dos outros subtipos, não cursa com lesões escurecidas, e sim manchas brancas.
Melanoma benigno
Não existe melanoma benigno, pois é uma neoplasia maligna desde seu surgimento.
Em alguns casos ocorrem lesões de pele que podem sofrer transformações e tornarem-se um melanoma, por exemplo, nevos (pintas) com células atípicas que ainda não se caracterizam como um melanoma.
Melanoma metastático
É quando o melanoma originado da lesão principal da pele se dissemina para outros órgãos a distância, como: fígado, pulmão, cérebro e linfonodos.
Câncer de pele coça?
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Normalmente o câncer de pele não apresenta sintomas. Localmente as lesões de pele formada, podem causar coceira, sangramento e dor.
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É importante buscar auxílio médio quando se nota as seguintes alterações:
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Manchas na pele que tem coloração mais escura ou tem mais de uma cor na mesma mancha (por exemplo: vários tons de preto a marrom);
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Manchas assimétricas (por exemplo: quando dividida ao meio, um lado é diferente do outro);
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Manchas com as bordas irregulares; manchas maiores que meio centímetro;
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Manchas que tenham surgido rapidamente ou que mudaram de aspecto recentemente (aumento de tamanho)
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Manchas que causam coceira, sangramento ou não cicatrizem.
Como diagnosticar o melanoma?
Geralmente o diagnóstico é suspeitado durante uma consulta dermatológica, por meio do exame clínico.
Em determinados casos, é preciso que o profissional use a dermatoscopia, que consiste na visualização das camadas da pele através de um aparelho.
O diagnóstico conclusivo é feito através da biópsia da lesão.
Qual o tratamento para o melanoma?
O tratamento será determinado pelo estadiamento da doença, isto é, se foi completamente ressecado na cirurgia, qual o grau de agressividade do tumor, se tem maiores chances de recidiva ou presença de lesões metastáticas. De acordo com o estadiamento pode ser recomendado tratamento com radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e uso de drogas alvo, sempre determinado conforme avaliação do médico oncologista.