A poliomielite é uma doença grave, que acomete prioritariamente crianças e que pode ser evitada através da vacinação. Você conhece os sintomas, a transmissão e como prevenir? Nesse texto explicamos tudo para não restarem mais dúvidas.
O que é poliomielite?
A poliomielite, conhecida como paralisia infantil, é uma doença neurológica causada por um vírus que vive no intestino, o Poliovírus. Ela pode ser transmitida de pessoa para pessoa ou por água e alimentos contaminados.
Tipos
- Forma subclínica: Infecção com poucos ou nenhum sintomas. Tem quadro semelhante ao de outras doenças virais, incluindo febre, dor de garganta, náusea, vômito, constipação (prisão de ventre), dor abdominal e, raramente, diarréia.
- Forma paralítica: atinge cerca de 1% dos infectados pelo vírus. As sequelas são permanentes e podem levar a insuficiência respiratória e até a morte.
A paralisia acomete membros inferiores de forma assimétrica, ou seja, ocorre apenas em um dos membros. A perna perde a força e os movimentos, mas mantém a sensibilidade ao toque e dor.
O que causa a doença?
A doença é viral, causada pelo Poliovírus.
Infecção por poliovírus sempre gera paralisia infantil?
Não. Apenas 1% dos infectados desenvolvem a forma paralítica da doença.
Sintomas de poliomielite
Os principais sintomas incluem:
- Febre;
- Dor de garganta;
- Náusea;
- Vômito;
- Constipação (prisão de ventre);
- Dor abdominal;
- Diarréia;
- Perda de força muscular em um dos membros;
- Insuficiência respiratória.
Transmissão da doença
A transmissão do vírus da poliomielite se dá através da boca, com alimentos, líquidos, objetos e mãos contaminados (contato fecal-oral), o que é crítico quando as condições sanitárias e de higiene são inadequadas.
Crianças mais novas, que ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença.
Diagnóstico de poliomielite
O diagnóstico da poliomielite deve ser suspeitado sempre que houver perda de força muscular e movimentos, mantendo a musculatura não contraída, com diminuição ou abolição de reflexos tendinosos em menores de 15 anos.
Além disso, os exames de poliomielite de líquor (pesquisa de poliovírus) e a eletromiografia, são recursos diagnósticos importantes.
Tratamento
Não existe tratamento específico e as sequelas são permanentes. O médico deverá avaliar cada caso em sua particularidade para definir os melhores tratamentos possíveis.
Possíveis complicações da doença
A poliomielite é uma doença perigosa, que pode causar as seguintes complicações:
- Paralisia flácida;
- Insuficiencia respiratoria;
- Óbito
Prevenção da poliomielite
A vacina poliomielite e bons hábitos de higiene, são as melhores formas de prevenir a doença.
Vacinas contra a poliomielite
Existem dois tipos de vacina contra a poliomielite, uma oral e uma intramuscular.
- Vacina Oral Poliomielite (VOP) – É uma vacina oral atenuada bivalente, ou seja, composta pelos vírus da pólio tipos 1 e 3, vivos, porém “enfraquecidos”.
- Vacina Inativada Poliomielite (VIP) – Por ser inativada, não tem como causar a doença. É uma vacina trivalente e injetável, composta por partículas dos vírus da pólio tipos 1, 2 e 3.
- Além dessas, existe a Vacina DTPa + POLIO + HIB - Conhecida como “penta”, inclui a tríplice bacteriana acelular (DTPa), a poliomielite inativada (VIP) e a Haemophilus influenzae tipo b (Hib).
A VOP é de grande valor para populações em que a pólio ainda não está erradicada, uma vez que dissemina no ambiente versões enfraquecidas do vírus que competem com a versão selvagem mais potente do vírus, todavia já foram identificados casos de pólio pelo vírus vacinal.
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), orienta que a VIP seja a vacina de preferência na administração de todas as doses.
A vacina contra a poliomielite é indicada de rotina para todas as crianças menores de 5 anos.