Autor: Dr. Fernando Vidigal de Pádua - médico oncologista
Os sintomas de câncer de próstata não costumam ser notados pelos pacientes nas fases iniciais dessa doença, que geralmente tem evolução lenta. É mais comum que os sinais surjam em estágios mais avançados, afetando principalmente o fluxo urinário.
O que é câncer de próstata?
O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre homens brasileiros. Essa é uma condição na qual células malignas se formam na próstata, uma glândula exclusiva dos homens, localizada abaixo da bexiga e à frente do reto.
A próstata tem um papel importante no sistema reprodutor masculino — sendo responsável pela produção de substâncias que compõem o sêmen — e também tem influência sobre o controle urinário, uma vez que essa glândula envolve parcialmente a uretra (canal por onde passa a urina).
Embora não se conheça a causa exata do câncer de próstata, há fatores que estão associados a um maior risco de desenvolvimento da doença, como:
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Idade avançada;
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História familiar de câncer de próstata;
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Predisposição genética;
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Níveis elevados de testosterona.
Quais são os primeiros sintomas do câncer de próstata?
Na maioria das vezes, esse tipo de tumor se desenvolve lentamente. Por esse motivo, os sintomas do câncer de próstata podem ser sutis ou ausentes, sobretudo nas primeiras fases da doença.
Portanto, é comum que os pacientes notem sinais apenas em estágios mais avançados — quando a próstata, por estar aumentada, pressiona a uretra e prejudica o fluxo urinário.
Conforme a doença evolui, podem surgir os seguintes sintomas:
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Dificuldade para urinar;
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Fluxo urinário fraco ou interrompido;
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Necessidade frequente de urinar;
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Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;
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Presença de sangue na urina ou no sêmen;
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Dor durante a micção ou a ejaculação.
Vale dizer que essas manifestações não são exclusivas do câncer de próstata, podendo estar relacionadas a outras doenças, como hiperplasia benigna da próstata e prostatite.
Sintomas de câncer de próstata: qual médico procurar?
Caso o paciente suspeite estar com sintomas de câncer de próstata, ele pode procurar o médico urologista e o oncologista.
Quais exames detectam o câncer de próstata?
O diagnóstico do câncer de próstata geralmente envolve o exame do toque retal e o teste de antígeno prostático específico (PSA).
Se houver suspeita de câncer, pode ser indicada a realização de uma biópsia de próstata, em que amostras de tecido são retiradas para análise laboratorial.
Exame de sangue PSA
O exame de PSA é feito por meio de coleta de sangue. Esse teste serve para medir os níveis de antígeno prostático específico (PSA) na corrente sanguínea.
O PSA é uma enzima produzida pela próstata que ajuda a liquefazer o sêmen após a ejaculação. Níveis muito elevados de PSA podem indicar algumas doenças, entre as quais o câncer de próstata.
Exame de toque retal
No exame de toque retal, o médico utiliza uma luva lubrificada e insere um dedo no ânus para palpar a próstata do paciente.
Esse procedimento permite que sejam avaliados o tamanho e a consistência da glândula.
Ultrassom
Por meio da ultrassonografia transretal, é possível obter imagens da próstata. Por isso, quando há suspeita de câncer, o ultrassom pode ser utilizado para orientar a biópsia.
Prolaris
O Prolaris é um exame genético realizado com base na biópsia da próstata, podendo ser indicado em casos de homens já diagnosticados.
Esse teste fornece informações sobre a agressividade do câncer e pode ajudar a direcionar o melhor tratamento para cada paciente.
Prevenção do câncer de próstata
Manter um estilo de vida saudável é importante para diminuir os riscos de desenvolver doenças em geral, incluindo tumores.
Algumas medidas que podem ajudar na prevenção do câncer de próstata são:
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Ter uma alimentação diversificada e que priorize alimentos naturais e integrais;
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Praticar atividades físicas regularmente;
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Não fumar;
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Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
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Manter o peso adequado.
Além disso, vale lembrar que a detecção precoce do câncer de próstata é fundamental para um melhor prognóstico.
Sendo assim, recomenda-se que homens com idade igual ou superior a 50 anos (ou 45 anos para aqueles com fatores de risco adicionais) discutam com o seu médico a realização de exames de rastreamento, como o exame de toque retal e o teste de PSA.
