
Em casos em que há dúvidas sobre a paternidade, Dr. Gustavo Guida, geneticista do laboratório Exame, explica que atualmente existem diversas possibilidades para confirmar o parentesco com a criança.
“Em situações mais críticas, em que a mãe ou o pai não são disponíveis para o teste, podemos utilizar o material dos avós, por exemplo. Mas o ideal é sempre que haja a presença dos pais e da criança para a realização do exame”, reforça o médico.
Como o teste de paternidade funciona?
Dr. Gustavo esclarece que o teste de paternidade se baseia na análise de regiões do DNA nas quais ele é propenso a apresentar variações – através do DNA que herdamos as características dos pais – extraído nas amostras de sangue dos supostos pai, filho e mãe.
O teste de paternidade é confiável?
O exame tem uma taxa de confiabilidade de 99,99%. “Cada um de nós tem um conjunto único dessas variáveis, representando uma mistura de nossos pais. Cada um deles contribuiu com metade do nosso material genético. O resultado é feito por meio de uma comparação entre as variáveis presentes no DNA. E para legitimar a paternidade, metade de todas as variáveis precisa ser compatível com cada um dos pais”, explica Dr. Guida.
Qual é a preparação para o exame?
O geneticista lembra que para a realização do teste existem algumas restrições e procedimentos a serem seguidos. “As pessoas que farão o exame através do sangue não podem ter passado por transfusão de sangue recente, ou transplante de medula óssea, pois isso pode alterar o resultado do teste. Nesses casos, costuma-se colher outro material – mas com resultados tão seguros quanto no sangue. Além disso, não é preciso fazer jejum no dia da coleta de sangue”, finaliza.