Autora: Dra. Maria Isabel de Moraes Pinto
Médica infectologista
A vacina rotavírus é a principal forma de prevenir a gastroenterite causada pelo vírus do rotavírus. Ela é indicada para crianças pequenas, sendo administrada em duas ou três doses, dependendo do fabricante.
O rotavírus é a principal causa de diarreia grave em crianças pequenas, podendo ocasionar desidratação, hospitalização e, até mesmo, morte.
Abaixo mostramos para que serve o imunizante, quais cuidados tomar após a vacinação e possíveis reações adversas.
Para que serve a vacina rotavírus?
A vacina rotavírus é um imunizante que previne infecções causadas pelo rotavírus, condição essa que ocasiona infecção gastrointestinal, podendo levar a vômitos intensos, diarreia grave e febre alta.
Trata-se de uma infecção especialmente grave em crianças pequenas que tendem a desidratar com frequência e podem precisar de internação, uma vez que é possível que a doença evolua para quadros muito graves.
Quem deve tomar?
O imunizante está indicado para bebês com idade entre 2 e 7 meses de vida. A primeira dose deve ser obrigatoriamente aplicada até os 3 meses e 15 dias de idade, e a última dose até os 7 meses e 29 dias.
Na rede pública, a vacina disponível é a monovalente, que é dada aos 2 e aos 4 meses. Já na rede privada, a vacina é a pentavalente, que é dada no esquema de 3 doses, aos 2, 4 e 6 meses.
Qualquer pessoa, mesmo adultos, pode ser infectada com o rotavírus. O objetivo fundamental da vacina rotavírus é proteger crianças pequenas, que são mais predispostas a desidratação caso tenham a infecção com muitos vômitos e diarreias.
A vacina é contraindicada para crianças cujas mães tomaram alguma medicação imunossupressora durante a gestação, devido ao fato de o medicamento passar pela placenta, não são indicadas vacinas vivas atenuadas.
Outra situação é quando a criança nasce e existe a possibilidade de ela ter doença imunossupressora. Isso é raro, mas, se reconhecido, esse tipo de vacina também não é recomendado.
Quais os riscos de não tomar a vacina rotavírus?
O principal risco da não administração da vacina rotavírus para crianças pequenas é elas entrarem em contato com o vírus e desenvolverem os sintomas que levam a desidratação, havendo a possibilidade de internação e podendo levar a criança infectada a óbito.
Quais são as possíveis reações?
Como toda vacina, a de rotavírus também pode ocasionar alguns eventos adversos. Trata-se de uma vacina viva atenuada, ou seja, o vírus vivo enfraquecido, podendo levar a sintomas como número aumentado de evacuações e febre, que costuma se resolver espontaneamente após alguns dias.
Qualquer sintoma que não se encaixe nas reações comuns e cause preocupação, é recomendado procurar auxílio médico para avaliar se a reação está ou não relacionada com a vacina e quais cuidados devem ser tomados.
Quais os cuidados após a vacinação?
Quando se trata de uma vacina viva atenuada, até 4 semanas após a vacinação, é muito importante que se tenha cuidado com a manipulação das fezes da criança. Recomenda-se trocar as fraldas realizando a higiene e o descarte adequados.
A única situação especial é no caso de pessoas com condições de imunodeficiência que estarão trocando a fralda dessa criança. Nesse caso, recomenda-se que não faça durante esse período após a vacina. Se não for possível, indica-se o uso de luvas e higienização das mãos, além do descarte adequado. Embora a transmissão seja muito rara, é importante ter um cuidado adicional.
Um fator importante de atenção é que se a criança por algum motivo regurgitar ou vomitar logo após a aplicação, a vacina não deve ser aplicada novamente, apenas as doses subsequentes. A reaplicação pode fazer com que a criança tome além do que é recomendado.
Onde tomar a vacina rotavírus?
No Laboratório Exame você agenda suas vacinas de forma rápida, segura e tecnológica através da nossa plataforma do Nav Dasa. Acesse e escolha o dia e horário de sua preferência.