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Autora: Mariana Garcez, geriatra - geriatra
A doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo que afeta diretamente a memória, habilidades e comportamentos do indivíduo.
De forma geral, ocorre uma deterioração cognitiva, que provoca sintomas neuropsiquiátricos e alterações comportamentais.
Em casos mais avançados, a condição influencia a capacidade de realizar atividades mais simples do cotidiano, como tomar banho ou comer de forma autônoma.
Em geral, suas manifestações surgem de maneira lenta e gradual, se desenvolvendo continuamente por vários anos.
Apesar de grandes avanços científicos, a doença ainda não tem cura. No entanto, existe tratamento que possibilita controlar os sintomas e promover bem-estar e qualidade de vida.
A seguir, veja detalhes sobre os sintomas do Alzheimer, como é feito o diagnóstico e formas de tratamento.
O que é Alzheimer?
A doença de Alzheimer (DA) é o tipo de demência mais comum no mundo, causada pela morte de um conjunto de neurônios responsáveis principalmente pela memória e funções executivas, ou seja, que controlam as emoções, as ações e pensamentos.
Outras áreas cerebrais tendem a ser atingidas posteriormente, ampliando as perdas de funções neurológicas.
Geralmente, afeta pessoas com idade avançada e seu impacto global tende a aumentar conforme o envelhecimento populacional.
Ocorre uma contínua degeneração cognitiva, incluindo perda de memória, dificuldade de comunicação, compreensão e atenção. A doença também atrapalha o controle das emoções e tomada de decisões.
Causas da doença de Alzheimer
Não se sabe ao certo qual é a causa específica para o surgimento do Alzheimer. No entanto, sabe-se que o acúmulo de algumas proteínas no cérebro desempenha um papel fundamental no surgimento da doença.
Além disso, existem diversos fatores de risco que podem contribuir para o surgimento da condição, como:
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Diabetes;
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Hipertensão arterial;
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Dislipidemia (excesso de gordura no sangue);
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Depressão;
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cansaço mental recorrente;
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Traumatismo craniano;
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Isolamento social;
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Sedentarismo.
A genética também pode ser uma causa, mas os casos são mais raros. Quando isso acontece, a doença se manifesta de forma mais grave, com evolução mais rápida e de início precoce. O risco aumenta quando os indivíduos têm parentes de primeiro grau acometidos pela condição.
Sintomas de Alzheimer
Os sintomas costumam variar de acordo com o estágio da doença.
No início, os principais sintomas do Alzheimer são:
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Memória recente alterada;
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Desorientação;
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Alterações da linguagem, aprendizado e concentração;
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Crítica comprometida.
Em nível intermediário, os sintomas podem variar entre:
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Maior deterioração de memória;
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Alterações no cálculo, julgamento, planejamento e abstração;
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Mudanças nas emoções, personalidade e comportamento social;
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Alterações de postura, marcha e tônus muscular.
Já no estágio avançado, os sintomas são mais graves:
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Incontinência urinária e fecal;
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Sinais neurológicos graves, como rigidez, convulsões, tremores e movimentos involuntários.
É importante salientar que os sintomas iniciais do Alzheimer podem ser confundidos com o processo de envelhecimento normal, o que tende a adiar a busca por avaliação profissional. Isso faz com que o diagnóstico da doença ocorra mais tardiamente.
Portanto, recomenda-se uma consulta com um geriatra e também com um neurologista aos primeiros sinais para possibilitar um diagnóstico precoce. Dessa forma, há uma melhor resposta terapêutica e prognóstico da doença.
Como é feito o diagnóstico de Alzheimer?
Para diagnosticar o Alzheimer é necessária uma avaliação médica especializada e detalhada, que inclua anamnese da história do paciente, exame físico e testes neuropsicológicos específicos que avaliam as funções cerebrais.
Também podem ser solicitadas análises mais avançadas, como exames de neuroimagem, biomarcadores e testes genéticos. É necessária a exclusão de causas reversíveis de alterações cognitivas, como, por exemplo, a deficiência de vitamina B12 e o hipotireoidismo.
Alzheimer tem cura?
Ainda não há cura para o Alzheimer. Porém, há tratamentos disponíveis que melhoram alguns sintomas da doença e proporcionam uma melhor qualidade de vida.
De forma geral, mesmo com o tratamento, os sintomas da doença progridem com o passar do tempo.
Tratamento
O tratamento é feito com medicamentos e outras técnicas como treino de memória e reabilitação cognitiva.
O objetivo é buscar qualidade de vida, preservar capacidade funcional do indivíduo e estabilizar os sintomas existentes, aliviando ou retardando a progressão do Alzheimer.
Com a combinação de terapias, é possível reduzir o avanço da condição e, em alguns casos, observar melhora significativa.
Para isso, é necessária uma equipe multidisciplinar para traçar as melhores estratégias para cada caso.
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