HPV: o que é, sintomas, transmissão e prevenção

HPV: o que é, sintomas, transmissão e prevenção


Autora: Dra. Adriana Bittencourt Campaner
Médica ginecologista
 


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O HPV é uma infecção sexual muito comum que acomete tanto mulheres quanto homens. Estima-se que 80% da população mundial já tenha tido contato com o vírus alguma vez na vida.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a melhor forma de prevenir o HPV é tomando a vacina quadrivalente, disponível pelo SUS para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Para mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26 anos a vacina pode ser tomada em clínicas privadas.

O que é HPV (papilomavírus humano)?

O HPV (Papilomavírus Humano), é um vírus capaz de penetrar na pele e nas mucosas, causando algum tipo de alteração ou proliferação. É a infecção sexualmente transmissível (IST) mais comum e pode acometer homens e mulheres.

Tipos de HPV

Atualmente, já foram descobertos mais de 200 tipos de HPV que são descritos em números. Eles são divididos em dois grupos principais:

Grupo de baixo risco: os tipos 6 e 11 do HPV são os tipos principais desse grupo e apresentam baixo risco de evolução para o câncer. Nesse grupo, as lesões principais são as verrugas genitais ou também chamadas de condilomas.

Grupo de alto risco: é quando há alto risco para evolução para o câncer e lesões pré-cancerosas. Os tipos 16 e 18 são os principais responsáveis deste grupo e causam aproximadamente 70% dos casos de câncer.

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Como é a transmissão do HPV?

Em 90% dos casos, o HPV é transmitido pela atividade sexual, que inclui:

●  Contato oral-genital;

●  Contato genital-genital;

●  Contato manual-genital.

De forma muito rara, o HPV também pode ser transmitido através de:

●  Objetos contaminados;

●  Uso de vaso sanitário;

●  Compartilhamento de roupa íntima;

●  Espéculos ou materiais ginecológicos não esterilizados, etc.

Sinais e sintomas de HPV

A maioria das pessoas contaminadas pelo HPV não apresenta sintomas. Geralmente quando as mulheres apresentam sintomas são relacionados à presença de verrugas ou manchas que podem aparecer nos genitais. É possível descobrir que a mulher está infectada pelo HPV quando apresenta essas lesões, as quais são detectadas pelo exame clínico no ginecologista. Pode-se também descobrir a infecção pelo vírus quando é colhido o Papanicolau, um dos exames responsáveis por diagnosticar o HPV.
 

Como são as verrugas de HPV?

É comum que os tipos de HPV considerados de baixo risco causem verrugas. Nas mulheres, essas verrugas podem aparecer na vulva, vagina, colo do útero, ânus e canal anal. Nos homens, podem aparecer no pênis, bolsa escrotal, ânus e canal anal.

As verrugas são bolinhas de fácil transmissão que podem ser brancas, marrons, vermelhas e se assemelham a uma pequena couve-flor, podendo aumentar de tamanho e se espalhar, tanto na mulher como no homem.

Nas pessoas com a imunidade comprometida, essas verrugas podem crescer demais e voltar com maior facilidade, mesmo após o tratamento.

As lesões pré-cancerosas e o câncer, que são causados pelo grupo de alto risco, também podem surgir nesses locais mencionados anteriormente. Realizar exames periódicos é a principal forma de diagnosticar precocemente essas lesões e tratá-las para que não se tornem câncer.
 

Como é o HPV na boca?

O HPV na boca é muito raro e geralmente ocorre por meio do contato oral-genital.

As lesões podem aparecer na boca e na garganta, podendo desenvolver o câncer em ambos os locais.

Essa condição é rara e acomete os homens com maior frequência.
 

Quando procurar o médico?

É necessário procurar auxílio médico quando notar alguma bolinha, verruga ou mancha na parte da genitália.

Os homens devem procurar o urologista e as mulheres o ginecologista, responsáveis por solicitar exames de diagnóstico, tais como a peniscopia e biópsia, para os homens, e Papanicolau e colposcopia, para as mulheres.
 

Os sintomas de HPV no homem são iguais aos da mulher?

Na maioria dos casos, os homens não apresentam quaisquer sintomas. Quando apresentam também estão relacionados às verrugas do HPV, que podem surgir no pênis, saco escrotal, ânus e canal anal.

As lesões pré-cancerosas nos genitais no homem são raras, diferente das mulheres.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de HPV é clínico, podendo ser analisado visualmente pelo médico responsável. Na mulher, são também realizados exames laboratoriais como Papanicolau, colposcopia e, se necessário, biópsia. No homem, são realizados exames urológicos.

 

Exames para detectar a doença

Para diagnosticar o HPV nas mulheres, há dois preventivos:

Papanicolau

Exame capaz de coletar células do colo do útero para detectar o pré-câncer e o câncer na fase inicial, causados pelo Papilomavírus humano (HPV).

Colposcopia

Exame que utiliza como auxílio o colposcópio (um tipo de binóculo), que é capaz de ampliar o colo do útero, vagina e vulva da mulher, a fim de diagnosticar lesões benignas (inflamação), pré-malignas (que antecedem o câncer) e malignas (câncer) presentes nos tecidos desses órgãos. Por isso, também é importante saber a relação entre HPV e câncer de colo do útero.

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Tratamentos de HPV

O tratamento depende do tipo de lesão. Veja os métodos disponíveis:

●  Métodos químicos: substâncias químicas que são aplicadas nas lesões (verrugas e no pré-câncer) e são responsáveis por destruir aos poucos essas feridas.

●  Métodos físicos: esses métodos, como o bisturi elétrico e o laser, são utilizados para cauterizar as lesões.

●  Procedimentos cirúrgicos: em determinadas lesões é necessário realizar a remoção, para isso são feitas cirurgias. Na maior parte das vezes, isso ocorre quando a ferida está presente no colo do útero, cirurgia chamada de conização.

●  Métodos imuno estimulantes: é utilizada uma substância chamada imiquimode, que o paciente passa nas lesões e o produto ativa a imunidade para destruir as lesões.

O HPV tem cura?

De acordo com os estudos, o vírus não fica para sempre no organismo humano. Normalmente, o tempo de permanência do vírus é de 1 ano e meio a 2 anos, fazendo com que a própria imunidade seja capaz de destruir o vírus.

Já para as pessoas que possuem o sistema imune comprometido, o organismo não é capaz de destruir o vírus e ele fica persistente. Toda vez que o vírus continua no tecido genital tem chance de a lesão aparecer novamente.

Prevenção

A melhor forma de prevenção é a vacinação, porém a vacina não é capaz de conferir proteção contra todos os tipos de HPV. Outros cuidados essenciais incluem o uso do preservativo e escolher bem os parceiros sexuais.

É importante dizer que o uso de preservativo previne cerca de 80% a transmissão do HPV.

Vacina contra o HPV nonavalente

No Brasil está licenciada a vacina HPV nonavalente, que contém partículas semelhantes aos vírus dos tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 e oferece proteção contra esses quatro tipos específicos. É indicada para mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26 anos.

Mesmo as pessoas que já foram infectadas anteriormente pelo vírus, devem tomar a vacina.
 

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