Hiperglicemia: o que é, causas e tratamento

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A hiperglicemia pode ser definida como um aumento do açúcar (glicose) no sangue. Os sintomas variam bastante e, se a condição não for controlada, provoca complicações graves para a saúde.

A seguir, saiba detalhes das causas de hiperglicemia, como preveni-la e as formas de tratamento. 

 

Hiperglicemia: o que é?

A hiperglicemia é uma condição em que ocorre uma elevação dos níveis de glicose (açúcar) no sangue. Ela acontece quando o corpo não produz insulina suficiente ou não consegue utilizá-la de forma eficiente.

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que ajuda as células a absorverem a glicose do sangue para serem usadas como energia. 

 

Causas da hiperglicemia

A hiperglicemia é a alteração característica de todos os tipos de diabetes (tipo 1, 2 e gestacional).  Isto ocorre por predisposição genética, ou seja, história familiar de diabetes ou alterações nos genes que levam a esta condição.

No entanto diversos fatores contribuem para o desenvolvimento da hiperglicemia e, consequentemente, do diabetes:

  • Alimentação inadequada com excesso de carboidratos: dieta inadequada provoca aumento dos níveis de glicose no sangue. 
     
  • Sedentarismo: a falta de atividade física contribui para a resistência à insulina, pois o exercício ajuda as células a absorverem glicose de maneira mais eficiente. 
     
  • Estresse e ansiedade: pessoas estressadas e ansiosas liberam mais hormônios no organismo, como cortisol e a adrenalina, o que aumentam os níveis de glicose no sangue. 
     
  • Doenças agudas ou crônicas aumentam os níveis de glicose no sangue devido à resposta do corpo ao estresse. 
     

Medicamentos: alguns remédios, como corticosteroides, diuréticos e antidepressivos, podem elevar os níveis de glicose no sangue.

Consumo de álcool: a bebida alcoólica altera os níveis de glicose no sangue, dependendo da quantidade e do tipo de álcool consumido. 

 

Sintomas da hiperglicemia

Entre os sintomas mais comuns da hiperglicemia estão:

  • Sede excessiva. 
  • Vontade de urinar frequente.  
  • Excesso de fome.  
  • Cansaço.  
  • Visão embaçada.  
  • Dor de cabeça. 
  • Boca seca.

Além disso, alguns sintomas menos comuns podem aparecer. São eles:

  • Perda de peso inexplicada. 
  • Infecções frequentes, principalmente as urinárias. 
  • Infecções de pele e fúngicas.  
  • Dificuldade de cicatrização. 
  • Hálito com cheiro de frutas (indica cetoacidose diabética, que ocorre em indivíduos com diabetes tipo 1).

Por fim, em casos de hiperglicemia grave ou prolongada, surgem sintomas mais sérios que requerem atenção médica imediata. É o caso de vômitos, desidratação, dores no abdômen, sonolência, confusão mental e dificuldade para respirar.

Vale ainda ressaltar que alguns casos não apresentam sintomas, especialmente quando não é uma hiperglicemia acentuada. Mas, mesmo assim, precisam ser investigados e tratados, pois a longo prazo são bastante prejudiciais à saúde.

 

Exames para o diagnóstico de hiperglicemia  

O diagnóstico de hiperglicemia é realizado com a medição dos níveis de glicose no sangue por meio de vários testes laboratoriais e de monitoramento contínuo. Veja abaixo alguns exames para o diagnóstico de hiperglicemia.

 

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Formas de tratamento para hiperglicemia

O tratamento visa reduzir os níveis de glicose no sangue e mantê-los estáveis.

O primeiro passo é mudar alguns hábitos, como ter uma dieta mais equilibrada - rica em fibras e com baixo teor de carboidratos refinados e açúcares simples - realizar exercícios físicos regularmente.

Em casos de diabetes, é preciso usar medicamentos orais ou administração de insulina por meio de injeções ou bombas.

A pessoa deve realizar o monitoramento da glicose em casa, com um aparelho chamado glicosímetro.

Além disso, é essencial realizar consultas regulares com o especialista para ajustar o tratamento e minimizar o risco de complicações.

Para casos de hiperglicemia grave, deve ser realizada a hidratação intravenosa e a aplicação de insulina para reduzir rapidamente os níveis de glicose no sangue. 

 

Riscos e possíveis complicações da hiperglicemia

A hiperglicemia, se não tratada adequadamente, pode levar a várias complicações graves.

Entre as complicações agudas incluem cetoacidose diabética e síndrome hiperglicêmica hiperosmolar.

A cetoacidose diabética é comum em diabetes tipo 1 e ocorre devido à falta de insulina, resultando na produção de cetonas (moléculas produzidas pelo fígado) e sintomas como náuseas, vômitos, alteração na respiração e hálito com cheiro de frutas.

Já a síndrome hiperglicêmica hiperosmolar é mais frequente em pessoas com diabetes tipo 2 e ocorre após níveis extremamente altos de glicose e desidratação severa.

Além disso, a hiperglicemia pode causar complicações crônicas, que afetam diversos órgãos. Por isso, podem surgir problemas cardiovasculares (como doença arterial coronariana, infartos e AVC).

Também pode ocorrer insuficiência renal, problemas de visão (retinopatia diabética), infecções e úlceras na pele (pé diabético, que pode evoluir para amputação) e problemas dentários (como gengivite e periodontite).  

 

Hiperglicemia e hipoglicemia: qual a diferença?

Hiperglicemia e hipoglicemia são condições opostas relacionadas aos níveis de glicose no sangue.

A hiperglicemia ocorre quando há um excesso de glicose no sangue, geralmente associado a diabetes, sendo que má alimentação, falta de exercício, estresse ou tratamento inadequado contribuem para a piora do quadro.

Já a hipoglicemia é uma baixa de glicose, geralmente causada pelo excesso de insulina, que pode ser desencadeada por doses inadequadas dos medicamentos para diabetes (orais ou insulina), associados à falta de alimentação ou esforço físico intenso.

Os sintomas da hiperglicemia incluem sede, urinação frequente, fadiga e visão embaçada, enquanto na hipoglicemia ocorrem tremores, sudorese, palpitação e, às vezes, confusão mental. Ambas podem levar a complicações graves se não forem tratadas corretamente.  

 

Como prevenir

Existem diversas medidas que podemos tomar para prevenir e controlar a hiperglicemia, mesmo no caso de quem não tem diabetes.

As principais condutas para prevenção da hiperglicemia são:

Adotar uma alimentação saudável

  • Comer mais frutas, legumes e verduras: esses alimentos são ricos em fibras e nutrientes que ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue. 
  • Escolher grãos integrais: opte por pães, massas e arroz integrais em vez dos refinados, pois eles liberam glicose no sangue de forma mais lenta. 
  • Consumir proteínas magras: carnes magras, peixes, aves e leguminosas são boas fontes de proteínas que podem ajudar a controlar a glicemia. 
  • Limitar o consumo de açúcares: evite refrigerantes, sucos industrializados, doces e outros alimentos ricos em açúcar. 
  • Reduzir o consumo de gorduras saturadas e trans: essas gorduras podem prejudicar a ação da insulina, o hormônio responsável pelo controle da glicemia. 
     

Praticar atividade física regularmente 

A recomendação é de pelo menos 30 minutos na maioria dos dias da semana. A atividade física ajuda o corpo a usar o açúcar no sangue como energia, o que pode ajudar a controlar os níveis de glicemia.

É importante escolher uma atividade que dê prazer, assim, aumentar as chances de mantê-la no longo prazo. E ter o acompanhamento de um profissional de educação física para uma evolução gradual e segura. 
 

Manter um peso saudável

O excesso de peso pode aumentar o risco de diabetes e outras doenças crônicas. No caso de quem está acima do peso ou obeso, perder apenas alguns quilos pode ajudar a controlar os níveis de glicemia. Mas atenção: é importante conversar com um médico e obter orientações para perder peso de forma saudável.  
 

Monitorar os níveis de glicemia

Quem tem diabetes ou risco de desenvolver a doença, é importante monitorar os níveis de glicemia regularmente. Isso pode ser feito com um glicosímetro, um aparelho que mede a quantidade de açúcar no sangue.

Mas somente um médico pode determinar a frequência com que a glicemia deve ser monitorada. Ele também pode ensinar como interpretar os resultados dos testes. 
 

Tomar medicamentos (se prescrito pelo médico)

Em alguns casos, a hiperglicemia pode precisar ser tratada com medicamentos. Se o médico prescrever medicamentos, é importante tomar conforme as instruções.

O paciente jamais deve parar de tomar nenhum medicamento sem antes conversar com o médico.

Há ainda outras medidas importantes que podem ajudar a prevenir a hiperglicemia. Entre elas:

  • Parar de fumar: o tabagismo pode aumentar o risco de diabetes e outras doenças crônicas. 
  • Limitar o consumo de álcool, que pode elevar os níveis de açúcar no sangue. 
  • Gerenciar o estresse: o estresse pode aumentar os níveis de açúcar no sangue. É importante encontrar maneiras saudáveis de gerenciar o estresse, como yoga, meditação ou passar tempo na natureza. 
  • Fazer check-ups regulares: o médico pode monitorar a saúde e ajudar a prevenir a hiperglicemia e outras doenças crônicas. 
     

 

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Autora: Dra. Roberta Frota Villas-Boas, endocrinologista

 

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