Tipos de diabetes: quais são, sintomas e tratamento

tipos de diabetes

 

Autora: Dra. Laura Girão -  médica endocrinologista 

 
 
 
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Existem diferentes tipos de diabetes e, apesar de cada um ter características próprias, todos têm um aspecto comum: a hiperglicemia. 

Afinal, o diabetes é caracterizado justamente pela elevação crônica da glicose (açúcar) no sangue – que, se não for devidamente controlada, pode ocasionar uma série de complicações no corpo. 

 

Tipos de diabetes: quais são?  

O diabetes tipo 1, o diabetes tipo 2 e o diabetes gestacional estão entre os principais tipos de diabetes. 

Diabetes tipo 1  

O diabetes tipo 1 costuma ser diagnosticado em crianças e em adolescentes. Ele ocorre por conta de uma deficiência grave na produção de insulina, que é um hormônio produzido pelo pâncreas. 

O papel principal da insulina consiste em fazer com que a glicose, presente na corrente sanguínea, entre nas células e, assim, forneça energia para o organismo. 

No diabetes tipo 1, geralmente essa deficiência acontece devido a uma agressão autoimune, na qual o sistema imunológico do paciente ataca a célula beta-pancreática, responsável pela produção de insulina. 

Diabetes tipo 2  

O diabetes tipo 2 é a forma mais comum dessa doença, correspondendo a cerca de 95% dos casos – que, em sua maioria, atingem adultos, mas podem afetar crianças e adolescentes. 

O quadro é causado por uma deficiência na secreção da insulina e também por uma dificuldade de ação da insulina, chamada de resistência insulínica. 

Esse tipo de diabetes ocorre mais frequentemente em indivíduos que apresentam elementos da síndrome metabólica, como excesso de peso, hipertensão arterial e alteração do colesterol e dos triglicérides. 

Diabetes gestacional  

O diabetes gestacional ocorre habitualmente em gestantes a partir de 24 semanas de gravidez (por volta do sexto mês), quando alguns hormônios próprios dessa época aumentam a resistência insulínica. 

Ou seja, a insulina existe, mas passa a ter dificuldade de ação, especialmente para reduzir a glicose do sangue. 

O ganho de peso excessivo e a idade materna avançada são fatores que aumentam o risco de diabetes gestacional. 

A gestante geralmente não tem sintomas relacionados ao diabetes, porque a glicemia não costuma atingir valores tão elevados nesses casos. Por isso, é fundamental realizar exames laboratoriais de rastreio, como a glicemia de jejum antes das 20 semanas de gestação e o teste de tolerância à glicose oral, geralmente indicado entre 24 e 28 semanas de gestação. 

O diagnóstico do diabetes gestacional é de extrema importância para que haja um tratamento adequado. Se não for controlado, esse quadro pode trazer complicações como parto prematuro, bebê com peso maior que 4 kg, hipoglicemia no bebê, entre outras. 

 

O que é pré-diabetes?  

O pré-diabetes não é um tipo de diabetes, mas uma condição que pode preceder o diabetes tipo 2. 

O pré-diabetes consiste na elevação da glicose no sangue. Nesse quadro, a glicemia está mais alta do que o normal, porém mais baixa do que no diabetes. 

Cerca de 25% dos pacientes com pré-diabetes evoluem para diabetes tipo 2 ao longo do tempo, havendo algumas medidas de prevenção eficazes a serem implementadas para reduzir o risco de desenvolver a doença. 

 

Quais são as causas da diabetes?  

O diabetes tipo 1 está associado a um problema autoimune. Acredita-se que algumas infecções virais na infância, como as enteroviroses, além de outros fatores ambientais e genéticos, possam aumentar o risco de surgimento da doença. 

O diabetes tipo 2 ocorre por uma deficiência na secreção da insulina e principalmente por uma dificuldade de ação desse hormônio (resistência insulínica). Entre os fatores que podem contribuir para esse quadro, estão: 

  • Idade (de forma geral, o risco aumenta a partir dos 60 anos, embora possa ocorrer mais precocemente); 

  • Excesso de peso; 

  • Sedentarismo; 

  • Elevado consumo de carboidratos simples (como doces, açúcar branco e bebidas açucaradas); 

  • Uso de medicamentos hiperglicemiantes (como corticoides). 

Já o diabetes gestacional é consequência de mudanças hormonais que ocorrem na gravidez. Alguns fatores que estão relacionados a esse tipo de diabetes são: 

  • Gestação em idade avançada; 

  • Excesso de peso antes e durante a gestação; 

  • Síndrome dos ovários policísticos; 

  • Diabetes gestacional em gravidez anterior; 

  • Parentes de primeiro grau com diabetes. 

 

Sintomas de diabetes  

O paciente com diabetes pode ser assintomático, mas também pode desenvolver alguns sintomas, como:  

  • Sede excessiva; 

  • Aumento do volume da urina e da frequência urinária; 

  • Perda de peso; 

  • “Visão borrada”; 

  • Candidíase de repetição.

 

Vale esclarecer que a perda de peso ocorre no caso de diabetes descompensado por conta da desidratação: a glicose muito alta no sangue faz com que o indivíduo urine mais, o que pode levar à desidratação e à perda de peso. 

Além disso, cabe ressaltar que o indivíduo com diabetes só terá sintomas relacionados à glicose alta no sangue se o valor da glicemia for muito elevado (geralmente maior que 250 mg/dL). 

 

Diagnóstico de diabetes  

O diagnóstico da doença é baseado em exames de sangue. Para que seja confirmado o quadro de diabetes, o indivíduo deve preencher duas das seguintes condições:  

  • Glicemia de jejum com resultado maior ou igual a 126 mg/dL; 

  • Teste oral de tolerância à glicose com resultado maior que 200 mg/dL duas horas depois do consumo de 75 gramas de glicose (geralmente no líquido bem doce); 

  • Hemoglobina glicada com resultado maior que 6,5%; 

  • Glicemia plasmática ao acaso com resultado maior que 200 mg/dL no indivíduo com sintomas de hiperglicemia. 

  

Para confirmar o diagnóstico de diabetes, o paciente deve ter dois exames da lista anterior com resultados alterados ou, então, o mesmo exame alterado em duas coletas de sangue distintas. 

Também é importante dizer que a medida da glicemia capilar (“teste do dedo”) não é válida para o diagnóstico de diabetes. Ela deve ser utilizada no acompanhamento de indivíduos já sabidamente com diabetes, sendo bastante útil nesses casos. 

Caso a glicemia capilar esteja alterada, o indivíduo deve coletar exames de sangue laboratoriais para investigação diagnóstica.  

 

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Leia também:  Glicemia pós-prandial: o que é, como é feito e para que serve o exame 

 

Tratamentos para diabetes  

O diabetes pode ser tratado por meio de modificações no estilo de vida e também por meio de medicamentos. 

As mudanças no estilo de vida incluem:  

  • Controlar o consumo de carboidratos; 

  • Perder peso (no caso de indivíduos com excesso de peso); 

  • Praticar atividade físicas (especialmente exercícios aeróbicos e resistidos). 

 

O tratamento medicamentoso, por sua vez, pode englobar terapias injetáveis (como a insulina) e orais. 

Para pacientes com diabetes tipo 1, é sempre necessário prescrever insulina. Para aqueles com diabetes tipo 2, é possível indicar medicamentos orais ou injetáveis, a depender das necessidades individuais. 

 

Exames para o diagnóstico de diabetes em casa  

O Laboratório Exame oferece um serviço de atendimento móvel. 

Por meio dele, é possível coletar diversos exames (incluindo aqueles que são importantes para o diagnóstico de diabetes) na sua casa ou onde estiver, no horário mais conveniente para você e sem taxa de deslocamento.

 

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